sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Juventude cristã: felicidade e paradoxos

Algumas pessoas passaram, de um tempo pra cá, a questionar irmãos e irmãs que a partir dos trinta continuam só. Essa tem sido uma tecla subjetiva em nosso meio, entregaram à cultura o penhor da felicidade ao casamento e por ironia estão vendo a benção se transformar em maldição.
Por esse viés, observei que muitos assuntos ainda são tabus numa época de tanta tecnologia e informação, o jovem cristão, por medo de ser punido e ter que se retratar em plena igreja, prefere buscar tais informações com amigos ou na Internet, viajam em minutos em mundos complexos para suas idades, por outro lado, os jovens de hoje estão vestindo uma roupa que não cabe neles, estão pulando etapas, tudo isso porque os pais transferiram a educação para a escola e a igreja, quando a escola secular faliu no propósito de sustentar junto com a igreja os valores morais; enquanto a igreja ainda teima em omitir certos assuntos aos jovens sem perceber que se ela não trata de certas questões antes de acontecer, vai ser obrigada a chorar com eles depois da queda.
Nessa direção, empanturrados de uma massa levedada, os pais cristãos de hoje baseiam a felicidade dos filhos por uma ótica estritamente mundana, almejam seus infantes graduados na sociedade. O diploma tornou-se um alvo e por tabela um casamento bem sucedido, embora não quero com isso dizer que Deus não possa nos fazer homens e mulheres de sucesso na área secular, mas não é esse o objetivo de Deus pra nós conforme escreveu Paulo: “Não vos conformeis com esse mundo”, salgar a terra, ser luz, fazer a diferença em tempos tão difíceis como o nosso cuja santidade foi rasgada de alto a baixo e é uma empreitada difícil pra a juventude da igreja a qual internalizou a felicidade senão por um troféu a conquistar sem entender que suas ações interiores decidem o prêmio que irão receber.
Quando irmãos maduros questionam o porquê alguns irmãos(ãs) não estão namorando ou ainda não casaram, fico a perguntar: O que é felicidade pra essas pessoas? Por qual ótica baseiam a felicidade de seus filhos e ovelhas?
Percebe-se nesse nicho uma contramão de informação, os prazeres de hoje são os mesmos do passado, a questão é que os filhos do presente estão sendo criados com objetivos opostos e contraditórios. Deus disse a Moisés no monte: “Eu sou o Deus de teu pai...” A diferença está ai, Deus já não é contado e experienciado na boca de muitos pais na trajetória de seus pequenos e por motivos mercantilistas, adotaram a felicidade como sinônimo do sucesso material, logo preferem entregar a jovem filha a um jovem crente sem experiência com Deus, mas próspero nos caminhos da vida, simplesmente porque tal escolha assinala o gosto do povo, estão criando filhos para sociedade e não para Deus e até dizem: “seu filho se formou? Que benção! Seu filho casou com a filha daquele grande comerciante, como Deus é demais!” O bojo de tal escolha e o ter e não o ser e por isso, muitos se casam e param na caminhada da vida por se descobrirem incompatíveis com a alma, porém bem compatíveis de corpo.
Infelizmente, criaram jovens na igreja com louvores, ter o filho no conjunto musical tem sido ainda hoje uma maneira frágil de pensar que eles estão seguros, eles sabem cantar todos os hinos em contrapartida, não sabem defender sua fé simplesmente porque Deus tem estado bem distante nos lares cristãos, os propósitos têm sido outros: edificar filhos bem sucedidos em sociedade parece uma benção, quando sua fé é minada nos diversos setores de suas vidas. Sendo assim, que felicidade pode se alojar ai? (Provérbios 16.25)
Parece que estamos criando um atalho para felicidade, não se vê mais Jacós trabalhando dobrado por uma Raquel, mas diversos Sansãos abobalhados com a formosura das muitas Dalilas e o pior que tais Dalilas não estão no mundo, mas ao nosso lado, os nossos obreiros pedem pra fugirmos das tentações dessa vida e se esquecem de dizer que tais desejos estão bem trajados no banco ao lado. Os obreiros por sua vez, falam tanto em jugo desigual sem entender que não precisamos ir muito longe, pois tal jugo se estabelece em muitos cristãos que ainda não nasceram de novo, apenas vestiram a roupa da placa eclesiástica cheia de justificação sem desfrutar da graça que o sangue de Jesus nos condiciona; por isso nós jovens cristãos até queremos fugir dos desejos dessa vida, mas somos empurrados a pecar pela santidade legalista transvestida de sensualidade nas roupas e gestos das jovens irmãs em nosso meio e por isso, a cultura dos filhos e filhas cristãos se liquefez em lascívia de uma moda nada atual e nela, muitos casamentos passaram a ser uma licença pra não pecar, quando antes era um acordo mútuo de almas que se disponibilizavam a reder suas vidas ao serviço do Senhor.(Gênesis 24)
Moisés foi amamentado pela mãe após ser achado pela filha do Faraó, que o preencheu de secularismo, de títulos e diplomas, mas o coração de Moisés rejeitou o sucesso quando Deus o chamou para libertar o seu povo, pois seus pais, bem cedo, os criara nos caminhos e condutas de seu Salvador. Hoje, os pais e filhos estão encantados com o palácio, com as regalias e aplausos de uma vitória mascarada, de uma felicidade clandestina quando vêem afundar o lado espiritual de seus filhos os quais deveriam ser criados para terem temor e servir a Deus mais que a si mesmos. (Efésios 5.15 – 17)
Ainda existem moças e rapazes sem pressa, ainda que a cultura secular soe na voz de alguns obreiros cheios de dúvidas sobre masculinidade e feminilidade, mesmo assim, se você ainda olha como a cultura e não ver com os olhos de Deus, esse é meu recado para você.
Não tenho pressa, quero procurar minha amada com a alma, não tenho pressa por saber que as delícias do corpo não são delícias sem sentimento, mas enjoam, se estivermos centrados nelas, não tenho pressa pra ser feliz, já sou feliz em Cristo nessa nova vida herdada no novo nascimento que sua graça me proporciona, sou feliz em mim mesmo na minha condição de ser eu, sem medo e sem frustrações, por isso não tenho pressa, nem preciso ter pressa acaso eu tenha uma chamada missionária; assim como Paulo foi fiel a Deus num mundo não tão diferente do nosso, mas consciente de tudo isso que o cercava, não tenho pressa porque sei que a escolha é um processo qualitativo forjado no meu coração com aprovação de Deus e não com aprovação da cultura local. Não tenho pressa, porque sei que a minha vida depende exclusivamente de Jesus, é no caminho dEle que devo me estabelecer e não nos meus intentos.
Por caminhos que parecem justos, muitos têm declinado espiritualmente, viver pra Deus tornou-se um acordo: primeiro eu me estabeleço como gente nesse mundo, depois acordamos sobre essa coisa de viver pra Deus. Viver pra Deus tornou-se antes de tudo, ganhar dEle o sucesso aqui, pra depois pensar se esse sucesso pode ser pago com trabalho em sua casa e por esse caminho o contrato se desfaz antes de acontecer, o jovem investe em sua carreira promissora e descobre que não tem tempo nem pra ele mesmo, logo vira domingueiro, sem lembrar de buscar a Deus em seu quarto, pois a busca por uma vida financeiramente estabilizada têm sido prioridade na educação de muitos pais os quais Investem pesado nos estudos, na beleza e no laser dos filhos, sem investir na vida sincera com Deus. Nessa direção, eles crescem com conceitos deformados, não conseguem se firmar na fé e acabam sendo obrigados a colocarem máscaras, vivendo uma vida cristã insípida, porém secularmente feliz. (Mateus 6.33)
E por essa ótica, estamos vendo muitos jovens casados vivendo divorciados sob o mesmo teto, pois não conseguiram o sucesso esperado e por tabela se frustraram por não encontrar no outro a coluna de apoio espiritual para vencer as barreiras, porque ambos passaram a juventude alimentados apenas com louvores sem Bíblia e sem culto doméstico e a única alternativa são dois caminhos os quais geralmente acontecem no seio cristão: viver de aparências para sustentar a máscara da justificação própria ou radicalmente abandonar o barco. E essas escolhas pesam à igreja que deveria ter amamentado seus filhos com leite racional sem metamorfosear o leite com belas canções, mas que não seguram o jovem de hoje devido à cachoeira de informação que cruza o seu caminho. (Efésios 6.10 – 18)
O que é felicidade então?
Na ótica de Deus é que vençamos o maligno, não podemos acreditar que devemos ser sal nas quatro paredes se não temos força de salpicar nas ruas dessa sociedade relativista esse Evangelho que dizemos mudar o ser humano. Na ótica de Deus felicidade será estabelecida se entendermos que nascemos pra viver pra Ele e não para os nossos bel - prazeres. Na ótica de Deus seremos felizes se nos rendemos aos seus propósitos. Há uma carreira proposta e ela não está nos holofotes da mídia, nem mesmo no sucesso das bênçãos matérias, mas tão somente, seremos felizes se corrermos em busca de um único troféu, o caminho estreito que leva aos céus. (Hebreus 12.1)
Sejamos diplomados sim, alcancemos o sucesso secular sim, mas se esse sucesso for pra mostrar a todos que o Senhor é quem faz tal coisa. Deus ainda que usar casais fracassados, se eles deixarem de olhar seus umbigos e entenderem que o desejo do Senhor é que os dois sejam um instrumento, uma flecha na mão do Forte.
Deus ainda que estabelecer pactos com jovens, mesmo em tempos tão modernos, Deus quer usar jovens, adolescentes, pessoas solteiras e casados nas tantas vias de acesso desse mundo: nas faculdades, escolas, na Internet e no trabalho. Deus quer usar advogados e juizes falando a verdade sem precisar vender-se ao sistema corrupto; Deus quer usar médicos e psicólogos nos hospitais da vida, tratando com amor e semeando o Evangelho que cura a alma e não meros profissionais que só visam o lucro sem olhar no olho do paciente; Deus quer usar professores falando a verdade da vida numa filosofia cristocêntrica e não professores descomprometidos com as almas que ali estão; Deus quer usar policiais para falar ao encarcerados que Jesus é vida, que o mal que os prendem é espiritual e deve ser atacado com a presença de Deus na vida através de uma entrega total, Deus quer usar faxineiras que no zelo da casa de seu patrão deixam um testemunho cristão que fala mais alto, através dos louvores de sua voz agradecida pela felicidade em perceber que o pouco com Deus é lucro; Deus quer usar os motoristas de ônibus, taxistas e guardas – noturnos nas tantas vias urbanas de nosso país por não terem medo de estender as mãos as tantas Madalenas possuídas por espíritos imundos, mas carentes do amor de Cristo, dos homossexuais e tantos que perambulam nas calçadas sem teto e sem pão por, num momento oportuno, dizer a eles que Deus tem algo melhor, uma promessa que não falha, tem vida e vida com abundância; Deus quer usar você, jovens solteiros e todos os casados, portanto estendam as mãos e a voz; eles também têm uma alma, deixemos de acreditar que só os bem sucedidos têm o direito de seguir a Deus, então só dessa forma veremos a felicidade.
Enfim, podemos deixar claro ao mundo vil que ser diferente não é vestir roupas, mas é ser consciente que a nossa salvação custou preço de sangue e por isso estar no meio deles não ludibria nossa fé, mas com Cristo é possível ser feliz, mesmo sem os manjares dessa cultura tão impregnada em nosso meio. (João 15.16)
Felicidade é um caminho árduo de uma busca por Deus que não pode esfriar, de uma busca que não acaba no casamento, mas recomeça ali no esquentar dos lençóis, na cumplicidade de sentimentos cuja Palavra os alimentou durante a explosão de hormônios e proporcionaram a ambos uma plena madureza e segurança, por estarem calçados num porto seguro, os propósitos de Deus: nossa felicidade. (João 4.31-36)

Até à próxima!
André silva

Fonte:http://olhos30.blogspot.com/

Frase do Dia - 25/01/2008

“As contínuas e freqüentes fragmentações da Igreja tem sido o escândalo do século. Tem sido a estratégia maior de Satanás. O pecado da desunião tem feito mais almas perdidas que todos os outros pecados juntos”. - Paul Billheimer

Balançando o Barco

Deus tem nos alistado em sua marinha de guerra, e nos colocado em seu navio.

A embarcação tem um propósito — transportar-nos em segurança à outra margem.

Este não é um navio de cruzeiro; é um couraçado de guerra. Não fomos chamados a uma vida de lazer; fomos convocados a uma vida de serviço.

Cada um de nós tem uma tarefa diferente. Alguns, preocupados com os que se afogam, estão arrebatando pessoas da água.

Outros estão ocupados com o inimigo, assim eles guarnecem os canhões da oração de da adoração. Ainda outros devotam-se à tripulação, alimentando e treinando seus membros.

Embora diferentes, estamos na mesma.

Cada um pode contar de um encontro pessoal com o capitão, pois cada um recebeu uma chamada pessoal. Ele achou-nos entre os barracos à beira do cais, e convidou-nos a segui-lo. Nossa fé nasceu à vista de seu afeto, e assim nós fomos.

Todos o seguimos, pela prancha da sua graça, para o mesmo barco. Há um único capitão e um único destino. Embora a batalha seja feroz, o barco é seguro, pois nosso capitão é Deus. O navio não afundará. Por isso, não há inquietação.

Há preocupação, no entanto, com a desarmonia da tripulação.

Quando subimos a bordo, compreendemos que a tripulação era feita de outros iguais a nós. Porém, conforme vagueamos pelo tombadilho fomos encontrando curiosos convertidos, com aparências curiosas. Alguns usando uniformes que nunca vimos estilos esportivos que jamais conhecemos.

— Por que vocês têm esta aparência? — Perguntamos.

— Engraçado — replicam eles. — Estávamos nos perguntando a mesma coisa a respeito de vocês.

A variedade das vestimentas nada é perto da perturbadora miscelânea de opiniões. Há um grupo, por exemplo, que se ajunta todas as manhãs para sérios estudos. Eles promovem disciplina rígida e expressões sombrias.

— Servir o capitão é coisa séria — explicam eles. Não é por coincidência que eles tendem a se reunir na popa.

Há um outro regimento profundamente devotado à oração.

Eles não apenas acreditam em oração; acreditam em oração de joelhos. Por esta razão, você sempre sabe onde localizá-los; eles do navio estão na proa

E então tem aqueles que acreditam firmemente que o vinho deve ser usado na Ceia do Senhor. Você os encontrará do lado do porto.

Ainda há um outro grupo que se posiciona próximo ao motor.

Eles passam horas examinando os parafusos e porcas do navio.

São conhecidos por ficarem no convés inferior. Ocasionalmente, são criticados pelos que se demoram no tombadilho, sentindo o vento nos cabelos e o sol na face.

— O que interessa não é o que vocês aprendem — argumentam esses da borda do navio —, mas o que vocês sentem.

E, oh, como tendemos a nos agrupar.

Alguns acreditam que, uma vez que se está no navio, não se pode sair. Outros dizem que você deve ser tolo por exagerar, mas a escolha é sua.

Uns acreditam que você é voluntário para o serviço; outros, que você foi destinado para ele antes de o navio ser construído.

Alguns vaticinam que uma tempestade de grande tribulação abater-se-á antes de desembarcarmos; outros, que ela não virá enquanto não estivermos seguros em terra firme.

Há aqueles que falam com o capitão numa língua pessoal. E há aqueles que acham que tais línguas são extintas.

Uns acham que os oficiais devem usar mantos; outros, que não deve haver oficiais. E ainda há quem ache que todos somos oficiais e todos devemos usar mantos.

E, oh, como tendemos a nos agrupar.

E então há aquela discussão dos encontros semanais, onde o capitão é agradecido, e suas palavras são lidas.

Todos concordam sobre a importância desses encontros, porém poucos concordam quanto a sua natureza. Alguns o querem barulhento; outros, silencioso. Alguns desejam rituais; outros, espontaneidade.

Alguns querem celebrar a fim de poderem meditar; outros querem meditar, a fim de celebrar. Alguns querem um encontro para esses que têm ido para o mar. Outros querem alcançar esses que foram para tornar, mas sem ir ao mar, e sem negligenciar os que estão a bordo.

E, oh, como tendemos a nos agrupar.

A conseqüência é um navio balouçante.

Há agitação no tombadilho. Disputas têm surgido. Marinheiros têm se recusado a falar uns com os outros. Ocasiões há, em que um grupo se recusa até mesmo a reconhecer a presença do outro no navio.

E o que é mais trágico, alguns à deriva têm preferido não subir a bordo, por

causa das rixas dos marinheiros.

— O que fazemos?— gostaríamos de perguntar ao capitão. —

Como estar em harmonia no barco?

Não precisamos ir longe para achar a resposta.

Na última noite de sua vida, Jesus fez uma oração que se levanta como uma fortaleza para todos os cristãos:

Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles, para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me

enviaste. (Jo 17.20, 21 NVI)

Quão preciosas são essas palavras. Jesus, sabendo que o fim está perto, ora uma última vez por seus seguidores. Surpreendente, não? Ele não orou pelo sucesso deles, nem por sua segurança, ou por sua felicidade. Ele orou por sua unidade. Orou para que amassem uns aos outros.

Enquanto orava por eles, Jesus também orou por “aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles.” Quis dizer nós!

Em sua última oração, Jesus orou para que você e eu fôssemos

Fonte: Nas garras da graça- Max Lucado

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Missão Integral - Porque eu nunca ganharia o prêmio Nobel!

Por Braúlia Ribeiro
Depois do assassinato da freira Dorothy Stang no Pará, alguns amigos me perguntaram se nossos missionários aqui também correm risco de serem mortos, e se o tipo de trabalho que fazemos na Amazônia é parecido com o dela. Tenho de dizer que não; ela não trabalhava conosco, e o trabalho que fazemos não tem conotação política. Assim, corremos sempre menos risco. Mas ter de dar essa resposta me enche de vergonha. Não, nós não denunciamos o trabalho escravo, não abraçamos a causa dos sem-terra nem dos índios com terra mas sem cidadania.
Em 2004 uma organização queria que o prêmio Nobel da Paz fosse distribuído entre mil mulheres militantes do mundo inteiro. Meu primeiro pensamento foi indicar uma amiga católica que tenho aqui na cidade, militante do movimento negro e de vários outros movimentos. Embora eu trabalhe há muitos anos com missões, nem eu nem a maioria dos evangélicos que conheço jamais ganharíamos um prêmio como esse nem seríamos assassinados no mato por um grupo de ruralistas furiosos.
Nosso trabalho é nu de implicações políticas. Há anos nos dedicamos aos índios da Amazônia, sem nos importarmos com questões práticas da terra, com os abusos da legislação indígena. Presenciamos violações dos direitos humanos pelo Governo, choramos com índios incapacitados de tomar as rédeas de seu destino, brigamos com aqueles que se embriagam de interesses escusos, mas só. Nosso choro não é prático. Ou, em alguns raros casos, aplicamos nossas iniciativas ao microcosmo social da igreja, que não chega a ter grandes repercussões regionais ou nacionais.
Não sei por que separo o “servir a Deus” do servir aos homens e acho que meu trabalho principal é fazer com que almas sem corpos venham a ser salvas. Almas sem corpos freqüentam igrejas com paredes graças ao meu trabalho e de muitos que trabalham comigo, para quê? Suas barrigas ainda estão vazias, seus olhos ainda estão baços, seus sexos ainda trazem as marcas das DST’s, as crianças ainda estão sem futuro.
Os possíveis candidatos ao prêmio Nobel devem ter pensamento integrado, devem reconhecer que almas sem corpos não subsistem e devem lutar para que esses corpos alcancem dignidade, cura, cidadania.
Uma evangélica da Assembléia de Deus orou e Deus a orientou na caça a fazendeiros escravagistas no sul do Pará. Eles mantinham escravos para trabalho braçal, entre os quais estava o filho dessa senhora. Ela descobriu e denunciou o caso em meses de investigação, orações, risco de vida. Foi reconhecida e até ganhou prêmio na Inglaterra. No Brasil, porém, não mereceu mais que um quarto de página de Veja. Acho que tampouco apareceu em alguma revista evangélica. Crente estranha. Se fosse apenas uma crente comum, como eu, teria orado, chorado e só.
Outro problema é que nossos impérios são nossos. Temos igrejas em bairros pobres, que me fazem lembrar as mesquitas do Cairo. Construir mesquitas é a maneira como muçulmanos ricos agradam a Alá. Nós também, crentes-islâmicos, agradamos a Deus com templos. Lá ficam nossas igrejas em favelas e guetos subumanos, fechadas durante a semana. Não existem nestes guetos espaço para lazer, educação, nada que possa elevar a condição humana da lama em que mergulha. Mas o templo está lá, subaproveitado, como monumento à indiferença de Deus pela humanidade. Deus é crente e nos vê quando estamos na igreja; preocupa-se com nossa religião, não com nossa barriga vazia ou nossa marginalização social.
Os candidatos ao prêmio Nobel, no entanto, saberiam que se construíssem algo teria de ser comunitário, aberto, humano, ativo sete dias por semana, para reconstruir a humanidade, porque se Deus nos ama mesmo ele nos ama inteiros.Triste constatação essa que fiz. A maioria dos evangélicos, inclusive eu, somos socialmente inoperantes, destituídos de uma real consciência de nossa responsabilidade humana. Que nossos amigos católicos nos representem com todo o glamour de seus pés descalços, mãos cansadas, aventais sujos e, tristemente, bocas cheias de terra.
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Bráulia Ribeiro é missionária em Porto Velho, RO, e presidente da JOCUM – Jovens com Uma Missão.

Fonte: www.ultimato.com.br

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Carta de um apostolo a seu Bispo

Paulinho, apóstolo pela unção do mover dos últimos dias, líder na prosperidade e na conquista, a Timmy, verdadeiro filho na obediência a tudo o que digo, e que nada tem a dizer em contrário, pois sabe que Deus fere a quem mexe com um ungido do Senhor — fé e obstinação neste ano de Elias e de Gideão, conforme a fé de Abraão, e o poder dos 318 na Fogueira Santa de Israel.


Quando eu estava de viagem, rumo à Disney, roguei que permanecesses ainda em São Paulo para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina, nem se ocupem com sites sobre a Graça, que, antes, promovem discussões do que o serviço de nossa causa.

Ora, o intuito da presente admoestação visa levar todos ao temor e ao medo, ajudando-os a abandonarem suas próprias consciências a fim de seguirem apenas a nossa.

Desviando-se algumas pessoas de nossa Visão de prosperidade, quebra de maldiçoes, células e moveres, perderam-se em loquacidade frívola, pretendendo passar por mestres de uma “outra Visão de Deus”, não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações, dizendo que estamos contra o que Jesus ensinou.

Sabemos, porém, que a Visão é boa, se alguém dela se utiliza de modo safo, tendo em vista que não se promulga a Visão para quem é lúcido de espírito, mas sim para gente fraca, infeliz, pagã de mente, cheia de tragédias, e, sobretudo, para todos quantos não se opõe à Visão Apostólica (que se sintam culpados o suficiente para fazerem o que mandamos), segundo o mover que recebemos, e do qual fui encarregado pelos Apóstolos do Brasil.

Sou grato para com aquele que me deu a Visão, que me considerou fiel, designando-me para o ministério,da expropriação indébita e da catividade dos homens, pois, se vão dar de dinheiro para alguma coisa, que seja então para nós, em cujas mãos o dinheiro terá bom uso.

A mim, que, noutro tempo, era frio, crente, amante da Palavra, mas pobre e derrotado, me foi dada a Visão.

Transbordou, porém, a PROPSERIDADE DE DEUS, e foi me deixando cada vez mais rico, conforme a fé de Abraão e as correntes de prosperidade que fiz.

Fiel é a palavra de DETERMINAÇÃO e digna de toda aceitação: que nós, os da Visão Apostólica, recebemos de Jesus Cristo o poder de falar e vermos as coisas acontecerem conforme o nosso COMANDO.

Mas, por esta mesma razão, me foi concedida a fé para prevalecer sobre os outros e ver meu ministério maior e mais poderosos, visto que de nada adianta a eternidade sem muito poder, dinheiro e fama no tempo presente.


Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos, por meio de nossa prosperidade e poder sobre os homens. Amém!

Este é o dever de que te encarrego, ó filho Timmy, segundo as profecias de que antecipadamente foste objeto: combate, firmado nelas, o bom combate, que é arrancar dos ímpios a grana deles, até o fim; isso mantendo a determinação, pois, essa coisa de boa consciência é para crente à antiga, não para nós, que, pela Visão, fomos postos acima dessas coisas básicas; posto que os que não fazem como nós fazemos, estarão sempre sem prosperidade ministerial e na vida pessoal.

E dentre esses se contam Caio, Brega, Marcelo, Chico e outros; os quais entreguei a Satanás para serem castigados, a fim de não mais blasfemarem contra a Visão.

Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de correntes, de campanhas, de dias especiais de prosperidade em favor exclusivamente dos que, indo, sempre deixam dinheiro para a Visão.

Não se esqueça que nossa prioridade é conquistar o Brasil, tendo os governadores, deputados, presidentes e demais autoridades em nossas mãos; sim, todos os que se acham investidos de autoridade; para que vivamos vida rica e abastada, ainda que percamos a piedade e o respeito.

Isto é bom e aceitável diante de mim, que sou o Pai da Visão.

Ora, é meu desejo que todos os homens sejam envolvidos em nossos grupos e células, até que todos sejam como eu e conforme o nosso Curso Acerca da Visão e dos Moveres.

Porquanto há uma só Visão e uma só mediadora entre Deus e os homens, a nossa Visão e a freqüência às nossas campanhas e Fogueiras Santas; a qual, a Visão, tem o poder de fazer todos os homens ficarem ricos, e assim, darem mais para nós. .

Para isto fui designado Profeta e Apóstolo (afirmo a verdade, não minto), mestre dos crentes inseguros na fé e na verdade (melhor público alvo para nós!).

Quero, portanto, que os homens dêem muito, enquanto levantam as mãos nos cultos, ainda que com ira e animosidade.

Da mesma sorte, que as mulheres, em traje de peruas, se ataviem com opulência, com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, sem esquecer de darem esmolas para as creches fantasmas que criamos (como é próprio às mulheres que professam ser da Visão).

A mulher aprenda em silêncio, com toda a submissão, pois o que lhe cabe é contribuir; a menos que ela venha a tornar-se uma Bispa da Visão.

Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja; pois, por meio dele, pode-se ficar rico e poderoso.

É necessário, portanto, que o bispo seja malandro, safo, aparentando ser esposo de uma só mulher, destemperado, expansivo, capaz de se gabar da Visão, sem muita sensibilidade, apto para enganar; dado ao vinho pra esquentar antes de entrar no palco, violento se necessário, porém com cara de bonzinho; ainda que goste de contendas, seja avarento. É muito importante, todavia, manter as aparências, por isto, ele deve ser alguém que mostre governar bem a própria casa, criando os filhos na igreja e na Visão, com toda a aparência de coisa boa (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da minha igreja e da minha Visão?); que seja jovem a fim de impressionar, pois há grande poder na soberba de um jovem imaturo e cheio de cobiça conforme o espírito de nossa Visão.

Também é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora como comunicador e homem de marketing, a fim de dar volta até no diabo. Ou seja, Timmy: procuramos camelôs que percebam a vantagem da Visão!


Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te em breve; para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a porta da Visão da Prosperidade.

Ora, em nossa conferencia da Visão determinamos expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, seguindo a Graça de Deus, a qual, não existe como eles falam, sendo apenas algo liberado por um Apóstolo credenciado por mim, o Pai da Visão.

Eles agem assim pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem as correntes santas, as barganhas, o lucro vindo dos dízimos, coisas que Deus criou para nós, os da Visão; pois todo dinheiro é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, nem que antes se tenha dar uma lavada nele, porque, pelas nossas campanhas e projetos, até o dinheiro do tráfico é santificado.

Expondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro da Visão, alimentado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido.

Mas rejeita as fábulas profanas e de gente que vem com aquela velha história da Graça de Deus. Exercita-te, pessoalmente, no orgulho, nas riquezas, na vida abastada e poderosa; pois, elas sim, têm grande proveito.

Pois o exercício na Palavra, como eles dizem, para pouco é proveitoso, mas as campanhas da Visão para tudo são proveitosas, porque tem a promessa da vida próspera aqui e agora.

Fiel é a Visão e digna de inteira aceitação.

A Prosperidade, a riqueza, os poderes humanos sejam contigo aqui e agora!

Eu, Paulinho, abençôo-te com a minha unção de nobreza, para que tua cara seja mais forte que o diamante, a fim de que, questionado, tu nunca desistas da Visão de Prosperidade e Riqueza que aprendeste de mim.

Fonte: Caio Fabio

Ordem dos Cavaleiros Querubínicos.

Ricardo Gondim.

Em 1428, setenta e três homens se reuniram na rotunda da Catedral de Veneza para formarem a Ordem dos Cavaleiros Querubínicos. A “Ordem”, como depois ficou conhecida, era composta pela elite intelectual e sacerdotal de Veneza; um grupo que, há tempos, conspirava contra a igreja. A identidade dos membros permanece anônima porque todos usaram nomes fictícios e só se reuniam cobertos por um capuz grosso com três orifícios, para os olhos e nariz - nunca se viu o movimento dos lábios de ninguém.

A primeira reunião foi convocada por um manifesto secreto e por um indivíduo com o pseudônimo de Mestre Adon-Hiram. Ela aconteceu às 2.30 da madrugada do dia 27 de abril de 1428 e todos os setenta e três membros assinaram o termo de fundação, pinicando o polegar direito com uma finíssima agulha e molhando a pena no próprio sangue.

Em 2005, o jesuíta Teodoro Paschoal encontrou uma passagem secreta na rotunda da catedral e teve acesso aos documentos, cartas, atas e tratados da Ordem dos Cavaleiros Querubínicos. A alta cúria do Vaticano analisou os documentos através da Congregação para a Doutrina da Fé e considerou o material tão pernicioso para a fé cristã que mantém o acervo inacessível, na lista do Index, ou Index Librorum Prohibitorum.

Certa vez, numa entrevista ao colégio de cardeais italianos, o atual Papa mencionou a Ordem dos Cavaleiros Querubínicos como a mais poderosa força intelectual de oposição à fé da Idade Média.

Devido a esta menção, alguns estudiosos começaram uma vasta pesquisa sobre a "Ordem". Sem que se saiba como, Francesco Corleone, doutor em história pela Universidade de Roma, conseguiu cópias, e publicou, um documento redigido pela "Ordem" em 1445.

Era um esboço do Novo Testamento re-escrito pelos Cavaleiros que visava anular os ensinos de Cristo. A publicação de Corleone revela um pedaço da versão da "Ordem" para o Sermão da Montanha.

Aparentemente, eles queriam minar os conteúdos da pregação de Jesus, sugerindo que o texto que se difundiu como “palavras de Cristo” não é autêntico, mas uma versão maquiada pela igreja oficial. A "Ordem" buscava impressionar as pessoas para que percebessem Jesus como um judeu bem mais esperto e sagaz do que a igreja ensinou.

Segundo Corleone, o documento vem assinado em sangue por setenta e três homens que se identificaram por apelidos estranhos, como: Azrael, Aralim, Clifote, Flegetão e Asmodeu.

Reproduzo abaixo alguns trechos da versão da Ordem dos Cavaleiros Querubínicos para o Sermão da Montanha - considerado a Carta Magna de Jesus de Nazaré:

Vendo as multidões, Jesus subiu ao monte e se assentou. Reuniu uma pequena multidão de discípulos e ele começou a ensiná-los dizendo:

Bem-aventurados os sagazes, pois deles é o Reino dos Homens. E acrescentou, não anelem pelo Reino dos céus, a vida é aqui e agora e quem não souber se comportar como uma serpente morre mais cedo.

Bem-aventurados os que não desperdiçam lágrimas. Só os fracos choram; estes acabam fragilizados; quem souber suplantar os outros na corrida da vida será um autêntico vencedor.

Bem-aventurados os valentes, pois eles receberão a terra por herança. Não sou eu quem lhes afirmo esta verdade, ela está patente aos olhos de todos; quem se submete como um vassalo jamais herdará coisa alguma.

Bem-aventurados os que desdenham da justiça. Vivemos em um mundo em que a balança enganosa sempre prevalecerá e cada um deve proteger o que é seu e deixar que os propósitos ocultos de Deus se cumpram; tudo está escrito.

Bem aventurados os que não abrem mão de seus direitos. Aqueles que usam de misericórdia alimentam o inimigo que lhes matará no fio da espada.

Bem-aventurados os cínicos que escondem bem os seus defeitos; só eles sobrevivem na terra. Aqueles que reconhecem seus pecados, os puros de coração, viverão nos cantos do eirado.

Bem-aventurados os que pegam em armas para se defenderem. Quem não se antecipa aos seus inimigos e os mata, morrerá antes deles. Não acreditem na possibilidade da paz, ela nunca chegará; portanto guardem o direito que o Senhor lhes deu de preservarem a vida de vocês.

Bem-aventurados os que perseguem, eles têm o poder. Quem é perseguido padecerá em masmorras, e terá que responder ao ímpio: ‘Sim, Senhor’. O forte só terá que dizer, ‘Sim, Senhor’, a Deus que está no céu, que é o Todo-Poderoso. Portanto, nunca queiram estar na posição do perseguido, façam tudo para estar por cima.

Bem-aventurado o príncipe, não o profeta. Quando ouvirem falar que profetas anunciam o que vocês não gostam, tomem pedras e eliminem quem estorva a felicidade de vocês. Lembrem-se de que os reis governam até ficarem velhos e não foram poucos os profetas que morreram cedo. Deus é por vocês; ninguém pode tirar o direito dos seus filhos reinarem.

A Ordem dos Cavaleiros Querubínicos foi extinta por volta de 1899 e nunca mais se ouviu falar numa reunião deles. A sua mensagem, porém, continua sendo pregada pelos púlpitos do século XXI. Infelizmente.

Soli Deo Gloria.

Fonte:www.ricardogondim.com.br

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Vaticano prepara grande reunião com com muçulmanos

O Vaticano está organizando um grande encontro que vai reunir líderes católicos e muçulmanos em Roma com o objetivo de dar início a um processo de diálogo entre as religiões.

A reunião, ainda sem data marcada, vai ocorrer durante a primavera no hemisfério norte, entre março e junho.

A iniciativa do Vaticano é uma resposta a uma carta enviada por 138 líderes muçulmanos ao papa Bento 16 e a outros líderes cristãos em outubro. Na carta, eles advertiram que "a sobrevivência do mundo estaria em risco se muçulmanos e cristãos não alcançarem a paz".

"Se muçulmanos e cristãos não estiverem em paz, então o mundo não estará em paz", disseram os líderes na carta de 29 páginas.

A mensagem também foi considerada um convite aberto para que cristãos e muçulmanos se unissem em torno de aspectos fundamentais de suas fés, como a crença em um só Deus.

Discussões

Nos próximos meses, três representantes do grupo que enviou a carta irão a Roma para um encontro com o presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, o cardeal Jean Louis Tauran.

Na ocasião, os líderes religiosos devem estabelecer as bases para o grande encontro previsto para a primavera.

A reunião deve ter três pontos principais --o respeito à dignidade do indivíduo, o entendimento recíproco das religiões e como obter maior tolerância entre os jovens.

Fonte: BBC Brasil

Quem tem ouvidos ouçaaaaaaaaaaaaaa! E quando gritarem... há paz e segurança...virá a repentina destruição.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Movimento Cansei da Teologia da Prosperidade



Cansei
de ouvir pregadores da prosperidade dizerem que precisamos decretar a nossa vitória e visualizar a nossa benção material;
Cansei de ouvir pregadores da prosperidade gritarem para Deus reivindicando suas petições;
Cansei de ouvir pregadores da prosperidade dizendo que “salário mínimo” não é coisa de crente;
Cansei dessa teologia que defende que o crente deve morar em mansão, ter carrões, muito dinheiro e nunca ficar doente.
Cansei dessa teologia que valoriza mais as coisas terrenas do que aquelas que são do céu;
Cansei dessa teologia da barganha com Deus, onde você contribui e Ele devolve com juros, correção monetária e muito lucro;
Cansei dessa teologia de fé na fé;
Cansei dessa teologia que ama mais o dinheiro que o próximo;
Cansei dessa teologia consumista, utilitarista e que trata Deus como o Papai Noel;
Cansei dessa teologia da ganância, cujo principal objetivo é fazer com que as pessoas atinjam a independência financeira;
Cansei dessa teologia da auto-ajuda, auto-estima e auto-aceitação;
Cansei dessa teologia que argumenta que Jesus nunca foi pobre;
Cansei dessa teologia que tem criado uma geração de decepcionados nas igrejas;
Cansei da teologia da prosperidade pois a Bíblia diz: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam“. (Mat.6.19,20)
Cansei, não da prosperidade - que é dádiva de Deus, mas da teologia que faz dela o principal foco da vida cristã, em detrimento da salvação e das bençãos espirituais.

Se você também já cansou de tudo isso, demonstre sua indignação.

Fonte: www.comoviveremos.com

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Linda Manhã

NESTA MANHÃ TÃO LINDA, OLHEI PARA O CÉU.
FIQUEI PENSANDO QUANTAS VEZES FICAMOS LHE INCOMODANDO
COM PEDIDOS DE AJUDA PARA ACALMAR NOSSOS CORAÇÕES.
QUANTAS VEZES ESTAMOS TÃO ENVOLVIDOS EM NOSSOS CONFLITOS,
SEM ENCONTRARMOS CAMINHOS QUE NOS TRAGAM CALMA,
TRANQÜILIDADE E SUPLICAMOS À VOCÊ UM AMPARO.

DENTRO DESTE TURBILHÃO DE SENTIMENTOS, NOS ESQUECEMOS DE OLHAR E PERCEBER A IMENSIDÃO DO
AZUL QUE NOS ACOMPANHA TODO O TEMPO, EM TODOS OS LUGARES POR ONDE ANDAMOS, EM TODOS OS CAMINHOS QUE PERCORREMOS.

ESTE GRANDE AZUL !
SILENCIOSO, COR DA TRANQÜILIDADE,
COM NUVENS BRANCAS, LEVES, MACIAS, COR DA PAZ !

SE FIXARMOS UM POUCO NESTA PAISAGEM INFINITA,
PERCEBEMOS QUE DE INTERVALOS À INTERVALOS, UM PÁSSARO SOBREVOA POR ENTRE ESTE AZUL, COMO QUE NOS ENSINANDO QUE UM SER VIVO TAMBÉM PODE ENTRAR NESTA PAISAGEM E USUFRUIR DO QUE ELA NOS OFERECE.

QUE PRESENTE LINDO VOCÊ NOS DEU, PAI !

COMO SOMOS TÃO CEGOS A PONTO DE NÃO PERCEBERMOS QUE SOMOS AJUDADOS A TODO INSTANTE,
EM QUALQUER HORA E LUGAR !

E VOCÊ,
PAI DA CALMA E DO AMOR,
SEMPRE EM SEU SILENCIO,
SABENDO DE NOSSA CEGUEIRA,
APENAS ESPERA.

OBRIGADO PAI

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Chorem os sacerdotes do Senhor!

O texto já tem algum tempo, mas vale a pena ler.


Por João A. de Souza Filho

“Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o pórtico e o altar, e orem: Poupa o teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele” (Joel 2.17).

Nestes últimos dias o Brasil vem sendo sacudido com denúncias de todo tipo. Pelo que se depreende das reportagens que se assiste todos os dias pelos meios de comunicação, a corrupção alcança cifras milionárias. E nem o partido do governo escapou. Tido como modelo de ética e de transparência o PT decepcionou. Mas, não quero falar de política e de corrupção nas mais altas câmaras da política de Brasília; basta o noticiário diário que nos provoca asco e nojo de tudo o que acontece.

Quero falar da igreja. Porque esta, pelo jeito, corre perigo, não de ser execrada pelos homens, de ser julgada pela sociedade, mas por Deus. Ou pelo menos aqueles que se dizem igreja, mas dão péssimo exemplo à sociedade. Os discípulos fiéis ao Senhor Jesus não têm do que se envergonhar, mas devem corar de vergonha porque a frase escrita na frente dos templos, Jesus Cristo é o Senhor, não retrata a verdade! Frase que contrasta tristemente com o estilo de vida daqueles que, dizendo-se cristãos e seguidores de Cristo são pegos transportando milhões de reais a bordo de aviões – dízimo do povo! Pelo valor transportado em uma simples viagem até Brasília pode-se ter idéia da movimentação financeira do grupo religioso.

Estou perplexo com o que está acontecendo com a igreja brasileira. Pastores outrora tão poderosos em obras e poder são vistos acariciando as poltronas do poder comprometendo-se com o sistema político; atraídos pelo dinheiro e pelo bem-estar, enquanto as pobres ovelhas de seus rebanhos sofrem espiritualmente. Igrejas cujos cultos em época eleitoral tornam-se palanque para cata de votos. Outros metidos em organizações secretas; denominações controladas por meia dúzia de líderes que loteiam as igrejas entre si e seus correligionários... Meu Deus! Só em pensar, tenho que parar de escrever e dobrar meus joelhos para clamar. Como o profeta do Antigo Testamento fico em minha torre de vigia, na fortaleza, “para ver o que Deus me dirá e que resposta eu terei à minha queixa”.

Quando ouço Deus me dizer o que fará com a igreja brasileira, meu íntimo se comove, “pois em silêncio, devo esperar o dia da angústia que virá contra o povo”. Não bastassem as denúncias contra pastores publicadas na imprensa, acusações de pedofilia, de abuso sexual e de adultério, agora aflora em todo o país a idéia de que somos ricos, que nadamos em dinheiro, que vivemos no conforto financeiro. Etc. Mas as malas, sim, as malas de dinheiro não me saem da cabeça, porque retratam o estado espiritual da igreja. O episódio de Brasília apenas trouxe à tona o que acontece todos os dias pelo Brasil a fora. Denominações e grupos eclesiásticos deleitando-se com o poder financeiro, com a vida nababesca que o poder concede.

A igreja da era do rádio e da tevê que precisa angariar milhões de reais todos os dias para pagar seus programas, ilude e se deixa iludir pelas riquezas e pelo poder temporal. E muitos pastores e evangelistas que começaram bem, estão terminando mal!

E na torre de vigia ouço Deus dizer: “Mas o justo viverá pela sua fé”. E como o profeta replico: “Tenho ouvido, ó Senhor, as tuas declarações, e me sinto alarmado”. Sim, estou alarmado com o crescimento ilusório da igreja; com a falta de qualidade espiritual dos membros, e de como os pastores se iludem com as multidões e com o poder. E eu imaginava que estávamos entrando numa era de avivamento! Essa gente toda que se aperta em alguns templos não é fruto de avivamento, mas gente à procura de seu próprio bem-estar. E os pastores precisam delas para costurar suas alianças político religiosas com o poder!

E como o profeta, ainda consigo ver pela fresta da esperança que Deus está chegando! Sim, “Deus vem de Temã, e do monte de Parã vem o Santo. A sua glória cobre os céus, e a terra se enche do seu louvor” (Hc 3.1-3).

Felizmente, como o bálsamo que alivia as dores, assistimos a celebração do Diante do Trono enchendo os céus de Porto Alegre com hinos de louvores a Deus! Os deuses cultuados por religiões pagãs tremeram e fugiram para seus esconderijos quando a multidão tomou conta das águas que lhe são consagradas, e perceberam, esses deuses, que são impotentes diante de uma igreja dinâmica, corajosa e vencedora!

E ainda houve aqueles que se opuseram à vinda do grupo a Porto Alegre! Ali não havia malas de dinheiro, mas corações comprometidos com o Senhor!

O cântico do profeta pode ser parafraseado assim:

Ainda que eu não tenha dinheiro... que o carro seja velho, que a comida seja simples e frugal, todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação. Ele me faz andar altaneiramente, de cabeça erguida, de coração puro e de consciência limpa!

Pastores! O juízo irá começar logo, logo, na Casa de Deus!